Filiação à COBRA e o BRA
Publicado em 13 de julho de 2011 por Fernando
O Raphael Silva de Belo Horizonte/MG me enviou uma pergunta muito interessante e que ainda é mistério até para alguns aeromodelistas, até para os mais experientes: existe um órgão que regulamenta o aeromodelismo no Brasil? A resposta é sim!
A Confederação Brasileira de Aeromodelismo – COBRA está localizada no Rio de Janeiro e ela é a responsável por regulamentar os clubes de aeromodelismo por todo o Brasil. O Sr. Neuly Nunes Cardoso é o atual presidente da confederação que conta também com vice-presidente, conselho fiscal, membros efetivos e suplentes, diretoria administrativa, operacional e regional.
Por ser o órgão máximo de administração do aeromodelismo nacional, cabe a ela a responsabilidade de homologação dos clubes de aeromodelismo e também dos aeromodelistas.
BRA
O BRA é como se fosse o brevê do aeromodelista, porém, existe um motivo para se ter o BRA que vou explicar mais adiante.
Para tirar o BRA você precisa se afiliar a um clube homologado pela COBRA e para consultar o clube mais próximo de você, basta fazer uma pesquisa nesse link (Clubes).
Após a filiação você passará por um voo de checagem, que consiste basicamente na sua avaliação em questões de segurança e noções de voo. Esse voo é acompanhado por um dos aeromodelistas cadastrado no clube e que possuam autorização para avaliar o seu voo. O que você precisa fazer no voo está descrito no documento “Ficha de Checagem para Emissão do BRA” (Ficha de Checagem)
Uma vez aprovado, essa ficha será enviada para a COBRA com os seus documentos pessoais (RG, CPF, Comprovante de Endereço) e também será necessário pagar uma taxa que (menor valor do seguro é de R$75,00).
Espera aí… Seguro?
Isso mesmo, o BRA não serve apenas para você ter uma carteirinha da COBRA dentro da sua carteira, mas ele nada mais é do que um seguro contra acidentes à terceiros. Vale ressaltar que ele não cobrirá os dados causados no seu aeromodelo ou helimodelo, mas sim, os estragos causados por ele em terceiros. Veja a seguir os valores do BRA extraídos do website em 12/Julho/2011:
Veja que a anuidade do seu BRA depende do valor da cobertura que você deseja e do tipo de aeromodelo que você voa. Lembrando que trata-se de uma anuidade, ou seja, no aniversário do seu BRA você terá que pagar novamente esse mesmo valor para continuar assegurado.
Bom, mas e se eu estiver voando no quintal de casa e ocasionar um acidente com o meu helimodelo, por exemplo, posso acionar a cobertura do segudo do COBRA? Não, não pode!
O seguro é válido apenas para voos realizados em locais homologados pelo COBRA, por exemplo, o clube na qual você tirou o seu BRA. Nada impede que você viaje e faça voos em outros clubes, porém, você sempre deve pesquisar se aquele clube que você está voando é homologado pela COBRA, senão, você não estará coberto pelo seguro.
Meu BRA
Eu tirei o meu BRA com o meu Cessna Elétrico da Art-Tech em Jundiaí/SP no clube de aeromodelismo GAPC e estou assegurado com a cobertura mais básica. Lembro que registrei o meu voo check em um e-mail e quem sabe faça um próximo POST com esse relato!
Uma frase que gostei muito que está no site da COBRA é:
“Seu prazer de voar um aeromodelo, agora e no futuro,
depende dedesenvolver e exibir uma atitude altamente
consciente de segurança para o equipamento
e o local que você usa.”
Acho que isso é algo que sempre temos que ter em mente, a nossa segurança e a de terceiros!
Maiores informações sobre a confederação pode ser encontrara no website (http://www.cobra.org.br/).
Desejo a todos ótimos voos!
Equipe Na Frequência Certa
sábado, 15 de outubro de 2011
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Piloto pousa F15 sem uma das asas e é CONDECORADO
Quem vê o vídeo pensa que é mais um daqueles fakes do YouTube, mas neste caso não é. O vídeo a seguir é verdadeiro e mostra de fato o talento de um piloto.
Apesar de a Internet ser a terra de ninguém dos Fakes, nem tudo nela é falso. Para discernir a verdade da mentira é necessário que o internauta tome as devidas precauções confrontando as fontes e se inteirando do assunto.
O pouso de avião mais bizarro de todos os tempos aconteceu em 1983 e foi realizado por um manicaca* pilotando um F-15 da Força Aérea Israelense durante uma batalha aérea simulada chamada de “Dogfight”. A batalha consistia na luta de dois F-15 contra quatro A-4 Skyhawk.
Durante uma manobra evasiva o F-15 se chocou acidentalmente contra um dos Skyhawks, que devido à avaria catastrófica, começou a cair. Felizmente o piloto do Skyhawk se ejetou e caiu de paraquedas em segurança.
O mesmo não aconteceu com o piloto do F-15, que passou a enfrentar um comportamento animal da sua aeronave, girando loucamente e fora de controle. O problema é que o piloto não percebeu em nenhum momento que o choque com Skyhawk havia lhe custado muito caro: a asa direita fora decepada quase que inteiramente, restando um cotoco de 60 cm. O único indicativo de que havia algo muito errado, além do comportamento anormal do avião, era um rastro de fumaça branca que o piloto podia observar pela janela. Na realidade, o rastro estava sendo produzido pelo resto de combustível escapando do tanque da asa destroçada.
Nos instantes cruciais de descontrole o piloto quase apeou daquele cavalo doido durante 2 vezes e colocou a mão na alavanca de ejeção. Passado o perrengue, ele conseguiu assumir o controle do jato e passou a voar razoavelmente bem. Apesar do seu instrutor em terra ter imperativamente ordenado que o piloto se ejetasse, diante da ignorância do problema o manicaca preferiu fazer a coisa do seu jeito, ou seja, levar o caríssimo F-15 de volta ao ninho.
Quando se aproximou para a rampa final de pouso, o piloto intuiu que não poderia fazer o procedimento usando os padrões habituais de velocidade final, altitude, etc. Assim, ele fez o pouso no dobro da velocidade indicada pelo fabricante a cerca de 450 Km/h, quando a velocidade padrão é de 220 Km/h. Diante da emergência, o pessoal do controle da base aérea decidiu estender a rede de pânico no final da pista para tentar “pescar” o avião no caso dele “comer” a pista. Não foi necessário, já que o piloto conseguiu brecar o monstro veloz a apenas 10 metros da rede!
Somente quando saltou da cabine é que o piloto pode perceber o tamanho do estrago e a proporção da sua sandice. O resultado da sua façanha é que ele recebeu uma suspensão do seu instrutor e... uma promoção dos superiores por ter trazido a salvo o patrimônio de milhões de dólares da Força Aérea Israelense.
A fabricante do avião, a McDonnel Douglas, tinha poucas explicações para dar sobre o feito. Segundo a empresa, eles não conseguiram repetir algo semelhante nas simulações em túneis de vento. Logo, atribuíram a uma série de fatores o sucesso do vôo impossível:
- fuselagem do avião larga o suficiente para funcionar como uma pequena asa;
- este tipo de avião voa mais graças ao empuxo gerado pelo motor, do que pela força de sustentação gerada pela sua forma aerodinâmica;
- em nenhum momento o piloto deixou o avião perder velocidade, logo, ele continuou voando muito mais graças ao efeito “foguete” do que ao conjunto de leis aerodinâmicas que permitem o vôo aos aviões normais;
- o manicaca se revelou um piloto danado de bom além da conta. Esta aí o rapaz, com sua cara vitoriosa.
Em tempo: depois de consertado, o F-15 voltou à ativa na IAF (Israeli Air Force).
(*) Manicaca – no jargão aeronáutico é o alunão, aprendiz, aquele que está fazendo os primeiros vôos solo.
Leia também: O Segundo pouso mais impossível de todos os tempos [Blogpaedia]
Fonte: [StrangeMilitary]
terça-feira, 4 de outubro de 2011
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